segunda-feira, 5 de abril de 2010

Carta de apresentação



Carta de apresentação

O Curso Popular 2 de Julho é uma iniciativa da organização de esquerda Ação Popular Socialista (APS), que, entre outros grupos, compõe Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Ele conta com a colaboração de companheiras e companheiros, que simpatizam com as ideias ou mesmo tem uma relação de cordialidade com a APS-PSOL, garantindo seu apoio material e principalmente enquanto profissionais da área de educação.

Os principais objetivos do curso são a formação Socialista, a preparação para a universidade e para o mundo do trabalho ajudando a viabilizar que pessoas que atuam em diversos movimentos sociais (Movimento Sem Teto, Movimento de Bairro, Movimento Estudantil, das associações de moradores ou grupos culturais) fortaleçam seu senso crítico, tenha acesso à universidade e ao mundo do trabalho, e que retornem para contribuir com ações nos movimentos e no nosso curso.

O Subúrbio Ferroviário de Salvador representa uma imensa riqueza social, política, artística e cultural e ao nos intitular Curso Popular 2 de Julho, pretendemos evidenciar essa riqueza e também as nossas trajetórias luta contra opressão do povo brasileiro e e baiano, dentro da qual a luta pela independência que ocupa um destacado papel. Envolvendo homens e mulheres, uma grande maioria de negros(as) afrodescendentes, com uma parcela de brancos(as) pobres e índios(as), a luta pela independência da Bahia representou antes de tudo, um fabuloso sonho de liberdade, que levamos avante até hoje para que venha se tornar urna realidade para a maioria do nosso povo.

Neste sentido, colocamos em evidência as Guerreiras Zeferinas, em referência a Zeferina, mulher, negra que nos anos de 1820 foi líder do Quilombo do Urubu, situado na região que hoje é compreendida entre Periperi, Parque de São Bartolomeu até o bairro do Cabula. Após vários enfrentamentos com forças do governador Conde dos Arcos, Zeferina foi presa. Para servir de exemplo, foi acorrentada e levada nesta condição até a Praça da Sé. Durante o caminho ela sempre esteve com a cabeça erguida. “Estou aqui para libertar o meu povo. Essas referências, coloca-se para nós como uma homenagem a nós mesmos, povo, que em mais de 510 anos afirmamos nossa resistência indígena, negra, feminista e popular.

Finalmente é preciso destacar que o nosso curso, para alcançar seus objetivos define como principal alicerce o aprofundamento das relações de solidariedade, seja em sua dimensão material, seja em sua dimensão subjetiva. Assim, compreendemos que enfrentar os diversos obstáculos que a exclusão de um ensino de qualidade historicamente nos impôs, passa por andarmos de mãos dadas, afirmando sonhos e construindo uma nova realidade.

Coordenação.

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